quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Formação Economica do Brasil (Celso Furtado)

Capítulo I
Da expansão comercial à empresa agrícola


- A expansão marítima portuguesa se deu pela necessidade de abertura de novas rotas comerciais. Uma vez aberta essas rotas, os preços das especiarias começaram a cair por toda a Europa, impulsionando assim a busca das novas fontes de ‘riqueza’ através do mar.
- A Espanha logra êxito na América com a extração dos metais (ouro e prata), entretanto Portugal não teve a mesma sorte que seus vizinhos e deixa o a sua descoberta, por meio século, de lado.
- Portugal e Espanha se contrapõem as demais nações européias, criando assim divergências políticas.
- A extração é novidade no mundo e isso impulsionou outros países a atacar a América Espanhola e outros começaram a empreender novas navegações.
- Se não fosse o ouro, o continente americano teria progredido muito lentamente.
- A colonização brasileira só se efetivou, pelo fato que as terras brasileiras estavam sendo alvo de invasões dos países europeus.
- A França organiza uma expedição de povoamento visando à costa brasileira (atrás de ouro) e este fato, acelera a necessidade de ocupação dos lusitanos.
Portugueses e espanhóis tiveram que abrir mão de parte de suas terras, pois defender elas era muito custoso para eles.
- A Espanha só defende suas rotas do ouro (México e Peru).
Holanda, França e Inglaterra (nações desenvolvidas comercialmente) contestam as posses das Coroas Ibéricas.
- A empresa agrícola era completamente inviável no século XVI. Portugal foi pioneiro neste tipo de empreendimento.
- O êxito lusitano na agricultura possibilitou a Coroa Portuguesa a colonização do Brasil. Sem este êxito seria impossível manter suas posses nas Américas.

Capitulo II
Fatores do êxito da empresa agrícola.

· Portugal já tinha experiência agrícola do açúcar, desenvolvida nas ilhas do atlântico.
· Houve um desenvolvimento de técnico (maquinários) nas instalações de engenho nas ilhas do atlântico.
· Portugal se auto-desenvolveu tecnicamente, pois não contavam com as exportações das técnicas de outros países e isto foi de grande importância para o êxito da empresa agrícola no Brasil.
· O açúcar português entra no mercado comercial europeu, mas com limitações (devido à superprodução da época).
· Portugal vende o açúcar bruto aos flamengos e estes refinam e comercializam por toda e Europa.
· Os holandeses foram de suma importância para o êxito agrícola brasileiro, pois eles eram os únicos capazes de inserir nom mercado europeu um novo produto: o açúcar.
· O capital que financiava (grande parte dele) a empresa agrícola brasileira vinha da Holanda.
· Os holandeses financiavam tudo: instalações, compra de escravos, refino, comercialização, etc.
· O açúcar era um negocio mais holandês do que português.
· A Holanda tinha o capital; Portugal tinha o desenvolvimento técnico; faltava a mão de obra – ESCRAVOS NEGROS.
· O êxito do açúcar foi fator determinante que a coroa portuguesa permanecesse no Brasil.

Capítulo III
Razões do monopólio

· O êxito agrícola no Brasil deu uma nova perspectiva às terras americanas para Portugal.
· O enorme gasto com o setor público e privado, na aquisição de metais, provocou na Espanha e por toda a Europa altíssimas altas taxas de inflação.
· O afluxo da importação do ouro aqui de forma de forma negativa na economia espanhola.
· O artesanato local nas Américas (manufaturas) prejudicou o desenvolvimento econômico das colônias na América.
· Se a Espanha tivesse implantado em suas colônias as plantações agrícolas, Portugal não teria êxito em sua empreitada, pois a Espanha dispunha de melhores terras, mão de obra em abundancia e um grande poder financeiro e isto não aconteceu devido a decadência espanhola.
· Portugal obteve êxito na sua empresa devido a decadência econômica espanhola, pelo fato da descoberta precoce do ouro pelos espanhóis.

Capítulo VI
Desarticulação do sistema

· A Holanda controlava todo o comercio europeu realizado pelo mar.
· A luta pelo comercio do açúcar entre Holanda e Espanha
· Quando os holandeses se instalaram no Brasil, adquiriram conhecimento técnico e com esse conhecimento, implantou nas Antilhas a cana de açúcar. O monopólio foi quebrado. Com isso a exportação de Portugal declina.

Capitulo V
As colônias de povoamento do hemisfério norte

- Inglaterra e França, devido a suas guerras, não conseguem se estabelecer nas Américas, eles se estabelece nas ilhas do caribe em caráter militar.
- O povoamento dessas ilhas dá se na pequena propriedade.
- Devido os altos custos de translado para as Américas, cria-se companhias (principalmente inglesas) para financiar essas viagens.
- A Inglaterra tinha em seu território um excedente de mão de obra diferentemente das Coroas Ibéricas.
- O colono inglês assinava um contrato ao qual ele trabalhava por um prazo (5 á 7 anos) onde ao final deste, ele recebia um pedaço de terra e uma quantia em dinheiro. Esses ingleses recebiam um tratamento igual ou pior a do escravo africano.
- Na América do Norte (Nova Inglaterra) era impossível praticar a atividade agrícola para exportação, pois o clima era igual a da Inglaterra e o que se plantavam na colônia era igual ao que se colhia na Metrópole.
- As condições climáticas favorecem a plantação de algodão, café e açúcar.

Capitulo VI
Conseqüências da penetração do açúcar nas Antilhas.

· Com o crescente sucesso do fumo na Europa, tem se a necessidade nas colônias, de se adquirir mão de obra e o escravo africano supriu essa necessidade, principalmente no sul dos EUA.
· A Holanda começa seu plantio de cana nas Antilhas.
· A implantação do açúcar nas Antilhas foi extremamente favorável para os holandeses, por estarem geograficamente bem localizados favorecendo assim sua exportação.
· Com isso a população do caribe começou a se tornar mais negra e o sentido de povoamento se desfez.
· A pequena propriedade das Antilhas deu lugar aos grandes latifúndios.
· As colônias do norte do EUA se tornaram auto suficientes, pois pouco se dependia da metrópole e os seus colonos atendia os interesses da colônia e não o da metrópole.
· Com a implantação da mão de obra escrava negra nas Antilhas, grande parte da população branca começou a migrar para o norte dos EUA.
· Com o advento do açúcar nas ilhas do caribe, passou a ter necessidade de se exportar produtos para a subsistência destas colônias e o norte dos EUA, se beneficiaram deste emblema econômico.
· Uma gama de circunstancias favoreceram os colonos do norte (EUA) para o seu desenvolvimento econômico: guerra entre Inglaterra e França, exclusão dos holandeses do comercio com as colônias, implantação do açúcar no caribe.
· Para o pequeno proprietário era mais vantajoso contratar um colono do que um escravo africano.
· As colônias do norte dos EUA, eram auto suficientes. Tinham mão de obra em abundancia, portanto não necessitavam de mão de obra escrava.
· Enquanto que nas colônias de grandes latifúndios o consumo estava concentrado nas mãos de poucos, nas colônias de pequena propriedade os gastos de consumo se distribuíam entre a população.
· As colônias da América, com exceção do norte dos EUA, viam se ligadas a Metrópole. Estavam submetidos a ela; buscavam os interesses da Metrópole. No norte do continente, a colônia inglesa era independente, os seus governantes não dirigiam a colônia voltada para a Inglaterra e sim voltada para seus interesses.

Capitulo VII
Encerramento da etapa colonial


· Portugal viu-se enfraquecido com suas perdas (entreposto oriental e açúcar para a Holanda) por isso se aliou a Inglaterra, mantendo com ela acordos nada favoráveis.
· A coroa lusitana sempre foi dependente de algum país: Holanda para expansão marítima e Inglaterra para a consolidação de suas colônias.
· Privilégios para a Inglaterra dos acordos realizados com Portugal: jurisdição extraterritorial, liberdade de comércio com as colônias lusitanas, controle sobre tarifas.
· Portugal teve que redefinir sua economia, e começou a importar menos com o intuito de fomentar sua indústria, fato que não aconteceu. Com a descoberta do ouro na América portuguesa, este redefinição econômica teve que ser deixada de lado. O acordo com a Inglaterra transferiu para ela todo o impulso aurífero, mas sem esse acordo, Portugal dificilmente consolidaria suas possessões na América.
· O ouro brasileiro impulsionou o desenvolvimento econômico inglês. Incentivando sua indústria e com a aquisição do ouro, os banqueiros ingleses se tornaram os maiores de sua época.
· O ouro é fictício para Portugal.
· No final do século XVIII, com a revolução industrial, os liberais acabam com as barreiras protecionistas e deixando de lado o mercantilismo.
· Com a transferência do governo português para o Brasil, transfere também a dependência econômica da Inglaterra.

4 comentários:

professorandreluiz disse...

Este foi um resumo dos principais tópicos,da primeira parte do citado livro. Em breve estaremos postando a segunda parte.

Anônimo disse...

Muito bom esse blog,excelente mesmo,só falta a segunda parte.

Anônimo disse...

Muito bom!
Tenho prova na faculdade sobre isso hoje... heheh

Unknown disse...

Como todo texto algumas partes redundantes. Mas no geral muito bom!